Vereadores e população apresentam questionamentos durante prestação de contas da Sesau

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Foto: Divulgação/Câmara

Os vereadores de Camaçari participaram, na tarde desta quinta-feira (30/09), da Audiência Pública de Prestação de Contas da Secretaria Municipal da Saúde (Sesau), referente ao 2o quadrimestre de 2021. A audiência atende às determinações da Lei Complementar Federal No 141/2012, que trata das responsabilidades dos gestores de saúde dos entes federativos.

A atividade foi aberta pelo presidente da Comissão de Saúde da Câmara, vereador Val Estilos (REPUBLICANOS), e os dados referentes à atividade da pasta no período foram apresentados pelo secretário, Elias Natan. Entre as informações estavam dados do atendimento da Atenção Básica, da Regulação, de procedimentos cirúrgicos, qualificação dos profissionais, sobre a gestão farmacêutica e registros feitos na ouvidoria, por exemplo.

Em relação à gestão farmacêutica, o secretário falou sobre avanços que estão sendo implantados, como a informatização de cerca de 67% das farmácias da rede municipal. “Essa dispensação informatizada de medicamentos tem possibilitado muitos avanços, como a distribuição para munícipes comprovadamente de Camaçari, o uso racional dos medicamentos, um controle no que diz respeito ao rastreamento dos lotes, consulta de estoque e acesso dos dados por qualquer profissional da rede de saúde”, listou o secretário.

No que diz respeito aos dados referentes à pandemia, o secretário destacou a alta taxa de recuperação dos pacientes. “Temos uma taxa de recuperação de 97,3%. Até o dia 19 de setembro, tivemos 626 óbitos e mais de 23.816 recuperados, num total de 24.481 casos acumulados”, citou.  Ainda segundo ele, o município recebeu R$ 4,551 milhões de recursos federais para combate à pandemia e não houve repasse do Governo do Estado para essa destinação. “No total, gastamos cerca de R$ 43 milhões com atendimentos de Covid-19, sendo aproximadamente R$ 39 milhões de recursos próprios”, complementou.

A população participou da audiência enviando questionamentos para o secretário, dentre eles estavam relatos sobre dificuldade de acesso a medicamentos para saúde mental, marcação de consultas e outros. Um deles, encaminhado por Hebert, morador da Gleba B, relatou dificuldade para marcação de exames na Unidade Básica de Saúde (UBS) do bairro. Em resposta, o secretário informou que as marcações presenciais já voltaram a acontecer, mas que de fato há uma dificuldade em atender o alto número de demandas.

“De fato estamos enfrentando essa dificuldade que não é só uma realidade no município de Camaçari. Com a pandemia, muitas pessoas deixaram de procurar os serviços de saúde e agora, com a diminuição do contágio, estão todos voltando a procurar as unidades ao mesmo tempo. Então, há uma demanda reprimida que estamos tentando dar conta. Inclusive, estamos desenvolvendo um projeto para zerar a fila e concluir esses atendimentos o mais rápido possível”, respondeu.

O vereador Tagner (PT) também apresentou questionamentos, alguns deles referentes à realização de cirurgias eletivas, contratos com unidades particulares, dentre outros. Ele também relatou o grande número de reclamações que recebe da população em relação à marcação de consultas. “Temos casos de unidades com um único médico pra atender uma grande quantidade de pacientes. Não tem como dar conta. Vemos que precisam ser disponibilizadas mais equipes e mais profissionais. Nossa população precisa ter acesso a uma saúde de qualidade”, registrou.

O presidente da Comissão de Saúde, vereador Val Estilos, perguntou sobre a implantação da Policlínica de Abrantes e do Pronto Atendimento de Monte Gordo. Segundo o secretário, a gestão municipal tem buscado formas de garantir recursos para a implantação das unidades. Também fizeram uso da palavra a vereadora Professora Angélica (PP), e os vereadores Vavau (PSB) e Niltinho (PSDB). O vereador Jamelão (DEM) também participou da audiência.

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