Teatro, música e dança marcam abertura oficial do Novembro Negro na Bahia

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Foto: Arquivo

O Dia Nacional da Consciência Negra é comemorado no dia 20 de novembro e, para reforçar a importância e significado da data, o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi), lançou oficialmente, na noite de quarta-feira (8), a programação do Novembro Negro, na Sala Principal do Teatro Castro Alves (TCA), em Salvador. Durante todo o mês, a Sepromi e demais órgãos estaduais vão apoiar e promover uma série de atividades em prol da garantia e ampliação dos direitos da população negra e do combate ao racismo. As ações somam esforços às iniciativas do movimento negro, pioneiro e protagonista nas mobilizações deste período emblemático.

A agenda integra a Década Internacional Afrodescendente na Bahia (2015-2024) e o calendário de 10 anos de criação da Sepromi. “Preparamos diversas atividades com objetivo de combater o racismo e a intolerância religiosa. Estamos celebrando o compromisso do Governo do Estado de dez anos de política de promoção da igualdade racial. O mês da Consciência Negra é um momento de valorizar homenagear nossos heróis do passado, fazendo um link com os novos desafios no momento histórico que vivemos”, afirmou a secretária Fabya Reis.

Durante o evento, foram assinados termos de colaboração do edital Novembro Negro 2017, que viabilizará 15 projetos da sociedade civil a serem desenvolvidos na capital e nos territórios de identidade, com investimento total de R$ 500 mil. Com a Universidade Federal da Bahia (Ufba) foi formalizada uma cooperação destinada ao mapeamento de comunidades tracionais de fundos e fechos de pasto, ação que terá destinação de R$ 1,2 milhão.

A série de programas “Faixa Negra”, da Rádio Educadora FM, recebeu homenagem do Governo do Estado pelos 10 anos de divulgação da música negra e valorização da diversidade étnico racial. Subiram ao palco, representando o projeto, o comunicador Hamilton Oliveira (DJ Branco) e o diretor geral do Instituto de Radiodifusão da Bahia (Irdeb), Flávio Gonçalves.

A noite também contou com intervenções artísticas de alunos da rede pública estadual, dos colégios Josias de Almeida Melo e Costa e Silva, no Foyer do TCA. No palco principal se apresentaram o Bando de Teatro Olodum e as cantoras baianas Margareth Menezes, Juliana Ribeiro, Márcia Short, Larissa Luz e Wil Carvalho com homenagens aos líderes negros da Revolta de Búzios, do final do século 18, que foram presos e mortos.

Para quem acompanhou as apresentações, foi um momento de aprendizagem. É o caso da estudante Sara Ribeiro, 22 anos. “Um show muito lindo, e me senti representada. São momentos como esse que fazem com que a gente tenha mais orgulho de nossos antepassados. Para os mais jovens, é uma oportunidade conhecerem as pessoas que lutaram pela liberdade dos baianos e do povo negro de uma maneira geral. O Novembro Negro tem um significado muito forte na Bahia e deve ganhar mais e mais suporte das políticas públicas”.

Ação conjunta – A programação do mês, que pode ser conferida AQUI, conta com o apoio de outras secretarias, para a promoção de seminários, eventos culturais, rodas de diálogo, campanhas, além de entregas governamentais para povos e comunidades tradicionais no interior.

Para a secretária estadual da Cultura, Arany Santana, a união marca as atividades do Novembro Negro. “As políticas públicas voltadas para a população negra do estado englobam diversos órgãos e secretarias estaduais, e essa parceria potencializa os resultados. A Secult trabalha em conjunto com a Sepromi no que tange a promoção das culturas de matriz africana, como, por exemplo, o projeto Concha Negra, que traz blocos afro, afoxés e as diversas manifestações de matriz africana para esse espaço tão importante para a cultura da Bahia”, enfatizou a gestora.

* Com informações da Secom-BA
Repórter: Tácio Santos
Fotos: Kleidir Costa (Sepromi-BA)

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