Justiça Federal absolve jovem negro acusado de praticar “racismo reverso”

goias-ja2-29-01-jf-000680.jpg

Foto: Reprodução/TV Anhanguera

Nesta segunda-feira (27), a Justiça Federal de Goiás  absolveu Diego Rodrigues Lima, da acusação de “racismo reverso” denunciada pelo Ministério Público Federal (MPF).  O caso foi julgado pelo juiz João Moreira Pessoa de Azambuja, da 11ª Vara Federal de Goiânia.

O jovem negro e autodeclarado indígena , virou réu pelo crime de racismo em fevereiro do ano passado, após fazer uma postagem no Facebook em julho de 2018, no qual – segundo o MPF—, “praticou e incitou a discriminação de raça ou cor, por intermédio do meio de comunicação social, tendo feito reiteradas declarações pregando, com incitação ao ódio, à separação de raças, inclusive citando mulheres negras que se relacionam com homens brancos (caucasianos)”.

A Defensoria Pública Federal (DPF), responsável pela defesa no processo, considerou a acusação uma “deslealdade intelectual” e manifestou, nas suas alegações, que a denúncia “beirava o absurdo”.

“Não existe racismo reverso, dentre outras razões, pelo fato de que nunca houve escravidão reversa, nem imposição de valores culturais e religiosos dos povos africanos e indígenas ao homem branco, tampouco o genocídio da população branca, como ocorre até hoje o genocídio do jovem negro brasileiro. O dominado nada pode impor ao dominante”, relatou o juiz federal, João Moreira.

scroll to top