https://youtu.be/DfZ15EBeR2k
Nesta segunda-feira (24), foi feita a abertura da caixa de concreto no perímetro da BA-530 (Estrada da Cetrel), onde foi enterrado em 26 de novembro de 2012, um carro modelo J3, da Jac MOtors, no lançamento da pedra fundamental para Instalação do Complexo Industrial da montadora chinesa em Camaçari, que tinha previsão de gerar 3,5 mil empregos e produzir 100 mil veículos por ano na região.
Ao abrir a caixa, e drenar a água que estava represada no local, foi constatado que o carro já não se encontra mais. “Muita gente perguntava por esse carro que foi enterrado com tanta pompa, e se a fábrica ainda viria. Mais um engodo para o povo de Camaçari e da Bahia”, declarou Tude, em menção direta a gestão do ex-prefeito de Camaçari, Luiz Caetano, que capitaneou o lançamento da iniciativa na época.
Entenda melhor o caso
No ano de 2012, a montadora chinesa prometia finalizar em 14 meses as obras de construção da fábrica que seria a primeira montadora da marca no Brasil. Anos se passaram e o prazo foi estendido, como pode ser observado em nota oficial no próprio website da empresa dando como certa a estreia do primeiro carro em solo baiano no primeiro trimestre de 2016 – com depoimento do representante da marca no Brasil, Sérgio Habib-, o que não aconteceu.
Em junho de 2016, a portaria 153, publicada pelo Ministério de Desenvolvimento da Indústria e do Comércio (MDIC), anunciou o cancelamento da habilitação da JAC no Inovar-Auto, o conjunto de regras do setor automotivo brasileiro. A decisão implicaria a montadora ter que devolver recursos ao Estado da Bahia principalmente no que tange aos benefícios recebidos e ainda ter que desenterrar o veículo do terreno supracitado.
Em dezembro de 2017, a montadora chinesa anunciou que a primeira fábrica no Brasil vai ser em Goiás. Bem mais modesta, a previsão é de produzir anualmente 35 mil veículos, e gerar 820 empregos. O modelo confirmado até o momento é o SUV T40 e a marca vai investir R$200 milhões para erguer planta até 2019.
