Estado bate recorde e taxa de desemprego na Bahia é a maior do país

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Foto: EBC

A taxa de desocupação na Bahia ficou em 18,7%, no 1º trimestre deste ano, acima da verificada tanto no 4º trimestre, de 16,4%, quanto no 1º trimestre de 2019, de 18,3%, informou nesta sexta-feira (15) o IBGE por meio da PNAD Contínua. Foi a maior taxa de desocupação do país e um recorde para o estado desde o início da série histórica da pesquisa, em 2012. No 1º trimestre de 2020, a taxa de desocupação no Brasil foi de 12,2%.

A taxa de desocupação mede a proporção de pessoas de 14 anos ou mais de idade desocupadas (que não trabalham e estão procurando trabalho) em relação ao total de pessoas que estão na força de trabalho.

Segundo o IBGE, na Bahia, o avanço na taxa no 1º trimestre de 2020 foi resultado de uma combinação entre a diminuição do número de pessoas trabalhando (população ocupada) e o aumento do número dos que estavam procurando trabalho (população desocupada). Isso ocorreu com mais intensidade na comparação com o 4º trimestre de 2019, mas também se verificou, em menor dimensão, na comparação com o 1º trimestre do ano passado.

No 1º trimestre de 2020, o número de pessoas trabalhando no estado ficou em 5,7 milhões, o que representou menos 109 mil pessoas (-1,9%) em relação trimestre anterior (5,7809 milhões de pessoas estavam ocupadas no 4º trimestre do ano passado) e menos 24 mil (-0,4%) em relação aos três primeiros meses de 2019. Com a diminuição da população ocupada, a Bahia chegou, no 1º trimestre deste ano, ao menor percentual de pessoas de 14 anos ou mais de idade trabalhando desde o início da série histórica da PNAD Contínua, em 2012: 47,3%.

O número de pessoas desocupadas (que não estavam trabalhando e procuraram trabalho) aumentou nas duas comparações e chegou, no 1º trimestre, a seu recorde histórico na Bahia: 1,311 milhão de pessoas. Em relação ao 4º trimestre de 2019, a população desocupada no estado cresceu 14,9%, o que representou mais 170 mil desocupados. Em relação ao 1º trimestre de 2019, quando havia 1,282 milhão de desocupados, o aumento foi de mais 29 mil desocupados (+2,3%).

Já o número de pessoas que não estão trabalhando nem procurando trabalho (ou seja, estão fora da força de trabalho) ficou em 5,031 milhões, na Bahia, no 1º trimestre de 2020. Mostrou um discreto viés de baixa frente o 4º trimestre de 2019 (quando eram 5,039 milhões), mas cresceu um pouco na comparação com o 1º trimestre do ano passado, quando havia 4,948 milhões de pessoas fora da força de trabalho na Bahia, 28 mil a menos que nos três primeiros meses de 2020.

Dentre esses que estão fora da força de trabalho, os desalentados somaram 778 mil pessoas, na Bahia, no 1º trimestre de 2020. O estado mantém a maior população de desalentados do país e houve discretas altas nesse contingente tanto frente ao 4º trimestre (quando havia 774 mil pessoas nessa situação) quanto em relação ao 1º trimestre de 2019 (quando eram 768 mil pessoas).

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