Economia: greve de caminhoneiros amplia em R$ 14 bilhões teto de gastos federais

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A paralisação de 11 dias dos caminhoneiros em todo o país, que provocou desabastecimento no fim de maio e no início de junho, terá um efeito sobre as contas públicas. O aumento da inflação decorrente da greve dará uma folga de até R$ 14 bilhões para o teto de gastos em 2019. Foi o que divulgou o secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, durante seminário promovido pelo Ministério do Planejamento na segunda-feira (25/06).

De acordo com o secretário, a projeção foi feita com base na inflação oficial pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) entre julho do ano passado e junho deste ano, indexador que corrige o limite de gastos federais para o ano seguinte.

“Quando o governo vai elaborar o Orçamento, faz isso com base na inflação acumulada em 12 meses até junho. Como a inflação vai ter repique de um ponto percentual [no índice de junho] por causa da greve, será aberto um espaço fiscal para o próximo governo entre R$ 13 bilhões e R$ 14 bilhões”.

O IPCA de junho só será divulgado no início do próximo mês. Os analistas de mercado consultados pelo boletim Focus (pesquisa semanal com instituições financeiras divulgada pelo Banco Central) estima que a inflação oficial alcançará 1,11% em junho e encerrará 2018 em 4%.

Apesar de, nos próximos meses, o impacto da greve se diluir nos índices de inflação, o secretário do Tesouro explicou que o teto de gastos subirá mais que o inicialmente esperado por causa do recorte feito em junho.

As informações são da Agência Brasil

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