Caso Marielle: Bombeiro é preso por envolvimento na morte de ex-vereadora e motorista

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Foto: Divulgação / O Globo

 

A Justiça decretou nesta quarta-feira (10), a prisão do sargento do Corpo de Bombeiro, Maxwell Simões Corrêa, após envolvimento com o assassinato da ex-vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, ocorrido há dois anos.

Segundo o Ministério Público do RJ, a prisão de Maxwell através da Operação Submersus 2, sucedeu após o sargento “atrapalhar de maneira deliberada” as investigações sobre o atentado contra Marielle.“Suel”, como é popularmente conhecido, foi indiciado por ocultar as armas utilizadas nos crimes pelo policial militar reformado, Ronnie Lessa, um dos principais acusados pelas mortes. 

“O papel de Maxwell para obstruir as investigações foi ceder o veículo utilizado para guardar o vasto arsenal bélico pertencente a Ronnie, entre os dias 13 e 14 de março de 2019, para que o armamento fosse, posteriormente, descartado em alto-mar”, afirmou o MP.

Maxwell foi detido pela Polícia Civil em sua mansão, localizada em um condomínio de luxo no Rio. O imóvel avaliado em R$ 1,9 milhão e a BMW X6 de R$ 170 mil chamaram a atenção já que, segundo o G1, uma consulta ao Portal da Transparência do RJ mostra que Suel, como sargento do Corpo de Bombeiros, recebeu em média R$ 4,8 mil de salário nos últimos 12 meses. A Justiça vai investigá-lo por lavagem de dinheiro. 

A operação também cumpre mandados de busca e apreensão em dez endereços na cidade do Rio ligados a Maxwell e aos outros quatro investigados. O órgão público afirma que a arma de fogo utilizada nos crimes ainda não foi localizada, e ressalta que Maxwell “ostentava vínculo de amizade com os acusados dos crimes e com os denunciados Josinaldo Lucas Freitas e José Márcio Mantovano”. 

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