Casa do Trabalho acolhe segunda oficina para revisão do PDDU nesta quinta (14)

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Foto: Jean Matos

O auditório da Casa do Trabalho, no final da tarde desta quinta-feira (14/11), recebeu moradores de diversos bairros da cidade, especialmente os que ficam próximos ao centro, para a realização da segunda oficina do Ciclo de Participação Social que visa ampliar a participação popular no processo de elaboração do novo Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU) de Camaçari, que traça um planejamento da cidade para os próximos 10 anos.

A primeira oficina no dia 12 de novembro foi um sucesso e a segunda edição não fugiu à regra e cumpriu bem o objetivo do evento, que é democratizar e ampliar o processo de escuta das comunidades. Durante a oficina, o público conheceu os conceitos e as etapas do processo de planejamento municipal, bem como respondeu a um questionário sobre infraestrutura, condições de moradia, oferta de serviços públicos, problemas urbanos, dentre outros assuntos.

O formato de interação foi mantido e o público foi dividido em grupos, identificados por cores, para permitir um debate mais amplo e diversificado, além de potencializar a coleta de contribuições, seguindo a orientação de listar “pontos fracos” e “pontos fortes” da cidade e, sem seguida, refletir e debater sobre o futuro do município. Ao final, um representante de cada grupo expôs o resultado das discussões. Todo o conteúdo vai resultar na geração de um relatório que será apresentado em audiência, uma das próximas fases do processo de revisão do PDDU.

Membro do grupo de trabalho da cor laranja, Ramon Campos, 24 anos, morador do bairro da Gleba C, teve a oportunidade de pontuar pontos fracos e fortes sobre a cidade em diversas temáticas, dentre elas de meio ambiente e de mobilidade urbana. “Como pontos fracos percebo a poda drástica das árvores e o excesso de quebra-molas implantado na cidade, inclusive no bairro onde moro”, disse o jovem ao sugerir também que a frota de ônibus, bem como os horários de circulação, fossem ampliados, especialmente aos finais de semana. “Isso fortaleceria o comércio de lanchonetes, bares, restaurantes existentes e estimularia o surgimento de outras opções de lazer para a população, afinal as pessoas teriam transporte para retornar pra casa”, finalizou explicando.

Integrante também do grupo laranja, Victor Hugo Ferreira citou os avanços das construções sobre áreas de circulação pública, a exemplo de calçadas, como algo negativo, e ressaltou as obras de recuperação das calçadas e a implantação de acessibilidade nelas, bem como a construção de ciclovias e ciclofaixas ligando vários pontos da cidade, como coisas positivas e que estão acontecendo de forma constante no município. “Essa é a primeira vez que participo e acho perfeito esse processo de escuta da comunidade”, disse o estudante de engenharia ambiental que mora no Alto da Cruz e ficou sabendo da oficina através do whatsapp, por meio de convite enviado pelo professor.

Moradora do Jardim Limoeiro, Soliudes Silva fez parte do grupo verde. Ela está à espera do segundo filho e preocupada com a oferta dos serviços no seu bairro, citou a necessidade de implantação de escolas de educação infantil e mais uma de ensino fundamental como algo necessário por conta do crescimento populacional do bairro. “Nós que estamos diariamente em nossas comunidades somos as pessoas mais indicadas pra falar das demandas delas, e por isso acho esses encontros muito importante”, declarou.

De forma acolhedora, a presidente da Comissão Executiva de Revisão do PDDU, Juliana Paes, recebeu os presentes e explicou a dinâmica da oficina. Na ocasião, ela ressaltou a importância do processo e da participação popular nele. “A nossa intenção é que as pessoas nos contem como enxergam a Camaçari de hoje, falando dos seus pontos fracos e fortes, e nos apontem qual a Camaçari que querem para o futuro, através da análise do material levantado pelo grupo, sinalizando o que representa uma ameça ao bom desenvolvimento da cidade e o que é uma oportunidade e deve ser melhor explorado”, explicou a urbanista.

O PDDU é considerado a maior lei existente na administração municipal, depois da Lei Orgânica. O processo de revisão do Plano Diretor é conduzido por uma comissão executiva e está vinculado à Secretaria do Governo (Segov). O documento estabelece as estratégias, diretrizes, objetivos, projetos e ações para o desenvolvimento da cidade. A expectativa é de que o projeto de lei do novo PDDU seja enviado à Câmara de Vereadores, para análise e votação, em julho de 2020.

O secretário de Governo, José Gama, esclarece que a atualização do PDDU é essencial e deve ser feita a cada 10 anos conforme prevê a legislação. “A revisão do Plano de Desenvolvimento Urbano está ocorrendo em um momento oportuno, porque Camaçari vive uma realidade de expansão diferente das últimas décadas, portanto, se faz muito necessário que a população participe e traga com riqueza de detalhes a realidade vivida em cada canto da cidade e coloque as suas sugestões. E com esse conjunto de ideias e a união de conhecimentos vamos formatar uma lei que traga para Camaçari a segurança jurídica e atenda a comunidade nos seus anseios de crescimento, nas suas mais variadas áreas, entre elas, residencial, comercial, turístico e industrial”, concluiu.

Conforme a programação do 1º ciclo, outras três oficinas vão ser realizadas na sede, além de mais três na Costa do município. A grade completa dos encontros está disponível neste link. Esse e outros detalhes sobre a revisão do PDDU pode ser acompanhado com detalhes através do site , meio que também pode ser utilizado pela população para contribuir com ideias e sugestões.

Além dos moradores da região, participaram do evento o secretário de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente, Genival Seixas, a ouvidora do município, Ilay Ellery, e o vice-presidente da Câmara de Vereadores, Dílson Magalhães Junior.

Fonte: Agência de Notícias – Prefeitura de Camaçari

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