Carne bovina e de aves estão cada dia mais distantes do prato dos brasileiros

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Foto: Tribuna da Bahia

Restaurantes lotados na hora do almoço eram uma cena comum nas ruas dos centros de qualquer cidade brasileira. No país, que é mundialmente conhecido pela diversidade de sabores da culinária local, não é raro que os brasileiros optem pelo ‘prato feito’ – uma refeição rápida composta por arroz, feijão, uma proteína, e uma pequena salada.

Com as medidas de distanciamento social devido à pandemia da Covid-19, o prato feito seguiu como a refeição nacional, ainda que preparada em casa. Assim, as famílias aumentaram suas compras em supermercados, que levou o índice de preços ao consumidor amplo (IPCA) do grupo de alimentos e bebidas a aumentar 14.1% ano a ano em 2020, após uma rápida aceleração no segundo semestre do ano. O preço da alimentação em domicílio superou o índice do grupo, ao terminar 2020 com alta de 18.1% ano a ano.

Segundo análise divulgada nesta segunda-feira (16) pela CEIC Data, do Grupo ISI Emerging Markets, a inflação de alimentos do Brasil foi influenciada por três principais fatores: desvalorização cambial, queda na renda pessoal e alta global do preço das commodities.

O Real desvalorizou 25,3% contra o Dólar estadunidense em relação ao ano anterior, para R$/US$ 5,14 ao final de dezembro de 2020. A taxa de desemprego chegou a 14,7% em abril de 2021, reduzindo o salário médio real para R$ 2.420 ao mês no final do terceiro trimestre de 2021, uma queda de 4,91% ano a ano.

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