CABOKAJI lança primeiro álbum e estreia turnê virtual

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Foto: Reprodução

Após dois anos de produção, o CABOKAJI lança seu primeiro álbum autointitulado em todas as plataformas de streaming na sexta-feira, 29, dentro do projeto Original Caboks. No dia seguinte, estreia turnê virtual de lançamento do disco em Salvador através do Youtube da Casa Preta Espaço de Cultura.

A série de shows lives do CABOKAJI ocorre sempre aos sábados até 27 de novembro, às 19h, numa parceria com espaços culturais alternativos de Salvador, Aracaju, Maceió e Olinda.

No álbum gravado no estúdio da Aquahertz Beats, o grupo explora a musicalidade indígena, que deu origem a diversos ritmos nordestinos, com reforço da musicalidade eletrônica e contemporânea. Estilos pouco comuns, como rojão, aboio, dança de Búzios, Coco Fulni-ô, e outros mais populares como maracatu e afoxé, também integram o trabalho.

O ajuntamento musical CABOKAJI é um encontro músico-performance dos cantores, compositores, instrumentistas e pesquisadores da arte Caboclo de Cobre, ISSA, Mayale Pitanga e Ejigbo Oni.

A inspiração maior para as criações artísticas foram os caminhos já percorridos pelo Cabokaji e as vivências e contatos com ajuntamentos indígenas ocorridos na primeira etapa do Original Caboks, de 12 de julho a 10 de agosto, com as comunidades tradicionais Fulni-ô (PE), Xukuru-kariri (AL) e Kaxagô (SE).

“Estar com eles e elas foi fundamental, foi fundamento. Fundamento em religiosidade é a célula basilar do rito. Se Cabokaji é um grande Ritual, a sua célula basilar é toda esta herança e beleza indígena, trocada e partilhada em corpo presente e incorporado de sentidos”, pontua Caboclo de Cobre.

A estreia da série de transmissões acontece no sábado, 30, às 19h, no canal do YouTube da Casa Preta Espaço De Cultura de Salvador. A banda CABOKAJI se apresenta com as participações de KATUMIRIM e da banda YBYTU-EMI.

Além da banda, a equipe conta com Caboclo de Cobre na direção artística, Moisés Victório na direção de arte e visualidades, cenário e iluminação, Ani Haze na co-direção de arte e visualidade/VJ/mapping, e TED Ferreira na direção de fotografia e coordenação de set.

“O trabalho está sendo feito em cima das imagens captadas no contato com os ajuntamentos indígenas, algumas imagens eu também criei para dialogar com cada faixa, cada som e letra. Procuro entender como foi a criação da música ou o que ela reflete para criar uma ideia de projeção como um reflexo do som.

O objetivo é que seja uma experiência imersiva também. Além disso, eu crio efeitos ao vivo a partir da performance da banda”, conta Haze sobre a concepção visual da turnê virtual. O projeto conta com patrocínio do Natura Musical e do Governo da Bahia – através do Fazcultura, Secretaria de Cultura e Secretaria da Fazenda.

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