Vereadores de Camaçari planejam audiência com Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado para tratar sobre a Ford

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Foto: Ascom CMC

Reunidos nesta terça-feira (12), vereadores de Camaçari traçam diretrizes para tratar sobre os impactos do encerramento das atividades da Ford em Camaçari. Entre a ações, os parlamentares pretendem solicitar audiência com o secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado, João Leão, para conhecer e debater as estratégias do governo estadual sobre o tema. O encontro deve acontecer ainda nesta semana.

“Rompe-se uma relação de mais de 100 anos entre a Ford e o Brasil, que causará impactos econômicos e sociais incalculáveis. Sabemos que a situação é resultado de questões maiores como a necessidade de uma Reforma Tributária e as consequências de uma pandemia, por exemplo, mas precisamos de ações rápidas na nossa cidade e no nosso estado também. Nós, vereadores, vamos conjuntamente buscar esse diálogo, deixando de lado, inclusive, as bandeiras partidárias individuais”, pontuou Junior Borges (DEM), presidente da Casa.

“Fechar postos de trabalho é condenar famílias à miséria. Como agentes públicos, precisamos agir com muita responsabilidade e, nesse caso, com rapidez. Precisamos lutar para que Camaçari não se torne um cemitério de galpões e empresas e que a gente não se torne vereador de uma cidade falida. Como sindicalista, reafirmo que não podemos fracassar e seguir perdendo investimentos e postos de trabalho na nossa cidade”, pontuou o vereador Dentinho do Sindicato (PT).

Um dos pontos levantados na reunião é o fato de paralelo ao encerramento da produção de veículos no Brasil, a Ford ter anunciado um investimento de mais de US$ 580 milhões (dólares) na unidade da Argentina. “Isso faz com que a gente se questione: onde o Brasil errou? O que faltou para manter o país atrativo para a empresa? São essas questões que precisamos responder para não seguir vendo grandes empresas deixarem o Brasil”, concluiu Junior Borges.

Ao todo, cerca de 12 mil trabalhadores diretos serão demitidos em todo Brasil, sendo 5 mil deles na Bahia. A estimativa é que, apenas da Bahia, sejam mais de 10 mil trabalhadores, diretos e indiretos, desligados das suas atividades.

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