Um terço das mortes no primeiro semestre no Brasil são por covid-19

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Foto: Getty Images

Dos 927.568 registros de óbito no primeiro semestre no país, 314.036 foram por covid-19. Os números estão no Portal da Transparência do Registro Civil e foram atualizados até a madrugada de hoje, 1º.

Os dados do portal são atualizados duas vezes por dia e seguem os prazos legais. A família tem até 24 horas após o falecimento para registrar o óbito em cartório, porém esse prazo foi estendido para 15 dias por causa da pandemia. O cartório tem até cinco dias para efetuar o registro de óbito e depois até oito dias para enviar o ato à Central Nacional de Informações do Registro Civil, que atualiza a plataforma online. Portanto, os números ainda podem mudar.

Até o momento, os dados oficiais do Ministério da Saúde somam 518.066 mortes causadas pelo novo coronavírus no Brasil desde o início da pandemia.

O registro de óbitos por covid-19 vem caindo. Em março, a média móvel de mortes dos últimos sete dias chegou a 3.357 no dia 30. Foi o ponto mais alto do primeiro semestre. Em junho, essa média ficou entre 1.600 e 2.000 óbitos. O mês termina com uma média móvel de 592 mortes. Apesar da incidência de casos continuar acima de 70 mil novos casos diários. No pico da pandemia no ano passado, entre o fim de maio e o fim de agosto, a média móvel de óbitos ficou em torno de 1.000 registros por dia.

O presidente da Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais do Estado do Rio de Janeiro (Arpen/RJ), Humberto Costa, disse que esse número não leva em conta as mortes causadas por outras doenças que podem ser associadas ao agravamento da covid-19, principalmente a síndrome respiratória aguda grave (SRAG), responsável por 16.868 óbitos em 2020 e 8.613 este ano. Em 2019, antes da pandemia portanto, foram registrados 1.512 óbitos por SRAG.

“Houve um aumento exacerbado no número de óbitos. No cartório em que eu sou titular, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, por exemplo, a gente passou de um total de 300 a 400 óbitos mensais para 600 a 700 óbitos mensais. Isso em razão da pandemia, antes o número máximo que a gente tinha feito era de 400 óbitos”, explicou Costa. (Agência Brasil)

 

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