Ato pelo fim da violência contra a mulher e em apoio a Eva Luana, jovem de Camaçari que denunciou abuso e tortura que sofreu do padrasto, foi realizado nesta sexta-feira (22/02). A atividade foi organizada por um coletivo de estudantes da Faculdade Metropolitana de Camaçari (Famec)
Durante o Ato, que foi iniciado em frente a Famec e seguiu em caminhada até o Centro da cidade, foi destacado o número expressivo de mulheres que sofrem agressões no país, além da carência de políticas públicas de assistência e apoio as mulheres.
“A cada 2 minutos uma mulher é agredida no Brasil. Diante disso, sabemos que o caso de Eva é um pingo neste oceano e é por isso que não vamos nos calar. As políticas públicas são falhas. Falta apoio jurídico e psicológico e acredito que atos como esse tem o objetivo de despertar e cobrar ações mais eficazes nestes sentido”, disse a Evelin Passos, estudante do 7° semestre do curso de Direito da Famec.
Evelin Passos
Foto: Claudia Magnólia
O relato de Dilma Lima, instrutora de crianças e adolescentes, também sensibilizou aos presentes na atividade. “Já fui violentada e hoje agradeço aos amigos e a ONG Refavela pelo apoio”, contou e ainda pontuou a necessidade de reavaliação da lei de proteção a mulher, a punição do infrator e a oferta de ampla assistência psicológica.
Em agradecimento aos organizadores do ato e a todos que estiveram presentes, a jovem Eva Luana enviou um áudio que foi executado ao final da caminhada. Ela destacou a importância das mulheres se manterem unidas no combate a violência (ouça abaixo o referido áudio).
Representando a Secretaria Estadual de Políticas para as Mulheres da Bahia, Daniele Costa, destacou a importância das manifestações populares diante da triste realidade do número de mulheres que ainda são agredidas no Estado.
#SomosTodosEva
