Silas Malafaia é alvo de investigação da Polícia Federal

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Foto: Gustavo Miranda/O Globo

O pastor da Igreja Assembleia de Deus, Silas Malafaia, foi conduzido coercitivamente na manhã desta sexta (16) pela Polícia Federal (PF). O religioso é alvo de investigação da Operação Timóteo, que visa desarticular uma organização criminosa investigada por um esquema de corrupção em cobranças judiciais de royalties da exploração mineral.

Em sua conta no Twitter, o pastor conta que “nesta manhã fui acordado, por um telefonema de que a Polícia Federal esteve na minha casa. Estou em São Paulo e vou me apresentar”. E reclama do modo como foi intimado: “será que a Justiça não tem bom senso? Pra saber que eu recebi um cheque de uma pessoa e isso me torna participante de crime? Estou indignado”.

Ainda em seu perfil, Malafaia confirma ter recebido “uma oferta” de R$ 100 mil de um advogado, membro da Igreja do pastor Michael Abud. “Tanto é que o cheque foi depositado em conta, por causa disso sou ladrão? Sou corrupto?”, questiona.

Em comunicado, a PF afirma que “entre uns dos investigados por este apoio na lavagem do dinheiro, está uma liderança religiosa que recebeu valores do principal escritório de advocacia responsável pelo esquema. A suspeita a ser esclarecida pelos policiais é que este líder religioso pode ter emprestado contas correntes de uma instituição religiosa sob sua influência com a intenção de ocultar a origem ilícita dos valores”.

A operação foi deflagrada em 12 estados. Policiais federais cumprem mandados de busca e apreensão em 52 diferentes endereços. A Justiça Federal determinou 29 conduções coercitivas, quatro mandados de prisão preventiva, 12 mandados de prisão temporária, sequestro de três imóveis e bloqueio judicial de valores depositados que podem chegar a R$ 70 milhões.

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