A Mesa Diretora do Senado decidiu não cumprir a decisão liminar do ministro Marco Aurélio, que prevê o afastamento de Renan Calheiros (PMDB-AL) da presidência da Casa. Após reunião nesta terça-feira (6), os senadores divulgaram documento com 11 motivos para não concordar com a determinação.
Os parlamentares querem que a análise final seja feita pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal, já que alegam ter sido uma “decisão monocrática” tomada na noite de ontem, após pedido da Rede Sustentabilidade. O ministro acatou o pedido por entender que ao virar réu no Supremo, Renan não poderia continuar no cargo já que está na linha sucessória da Presidência da República.
A Casa já havia entrado com mandado de segurança, recorrendo da decisão, na manhã de hoje.
No documento, os senadores solicitam prazo regimental para apresentação da defesa de Renan Calheiros. A comissão afirma, ainda, que o seu afastamento impacta “gravemente o funcionamento das atividades legislativas em seu esforço para deliberação de propostas urgentes para contornar a grave crise econômica sem precedente que o país enfrenta”.