Promotor de Justiça defende ação integrada para combate à violência em Camaçari

35177537961_97e09b3d95_z.jpg

Foto: Heriks Trabuco/ DICOM Câmara Municipal de Camaçari

Camaçari ocupa o 15º lugar no Atlas da Violência 2017, entre os 30 municípios brasileiros mais violentos em 2015, com população acima dos 100 mil habitantes. Naquele ano foram registrados 207 homicídios.

Para mudar esse cenário, o promotor de Justiça da 10ª promotoria e coordenador do Comitê Interinstitucional de Segurança Pública de Camaçari (CISP), Adalto Araújo Júnior, aposta na ação integrada dos mais diversos setores: Ministério Público, Polícias Civil e Militar, Executivo, Legislativo, União, movimentos sociais, família.

“É pensar a segurança pública como uma temática transversal que passa por todo mundo”, apontou a proposta da CISP durante audiência pública sobre segurança na Câmara Municipal, hoje (14).

Segundo o promotor, o maior número de homicídios está ligado ao tráfico de drogas quando a maioria das vítimas são jovens negros e pobres com idade entre 15 e 24 anos. “Nós só vamos conseguir mudar esses índices de homicídio, se nós tivermos uma ação nessas ações de combate à violência. E mudança de cultura, porque nós temos uma cultura de violência”, completou.

O coordenador conta que desde 2015 o CISP debate essa temática e em setembro do ano passado, apresentou uma proposta inicial para o Plano Municipal de Segurança Pública que prevê o debate do assunto com a comunidade e ações de combate à evasão escolar e em instituições como o Conselho Tutelar e o CRAS. “Nós temos que chegar antes do tráfico nessas crianças, nessas famílias”, afirmou.

Araújo acredita que a prevenção social é mais eficiente do que aumentar o número de policiais e viaturas nas ruas. E a partir do plano será possível traçar um diagnóstico e metas de ações adequadas à realidade camaçariense.

scroll to top