Agora é oficial. Decreto de número 6707/2017 autoriza o aumento da passagem de ônibus em Camaçari. A decisão é do dia 29 de março e foi publicada no Diário Oficial do Município desse final de semana.
A partir da próxima segunda-feira, 10 de abril, as tarifas de ônibus na sede sobem para R$ 2,60. Já na orla e zona rural são quatro valores diferentes:
- Arembepe, Jauá, Vila de Abrantes, Catu de Abrantes, Cordoaria, Açú da Capivara e Cajazeiras de Abrantes – R$ 2,90
- Barra de Jacuípe – R$ 3,00
- Guarajuba e Monte Gordo – R$ 3,40
- Barra do Pojuca, Fazenda Cajazeira, Tiririca, Jordão e Lagoa Seca – R$ 4,40
No entanto, a categoria questiona o percentual de reajuste. Os profissionais reivindicavam cerca 30%. “Não atende às nossas expectativas porque são quatro anos sem reajuste. Ele [Elinaldo] deu 11% de aumento. Quatro anos, 11%. Se você for colocar em quatro anos quantas vezes o diesel subiu? Quantas campanhas salariais tiveram? Então, isso aí não é o ideal ainda para a cidade de Camaçari”, diz o diretor financeiro do Sindicato dos Rodoviários (Sindrod – Bahia), Mário Santos.
Para ele, o aumento da passagem sem a extinção do transporte clandestino, os chamados ligeirinhos, não resolve o problema. “Porque você pode colocar a passagem para R$ 10, se o clandestino continuar levando o passageiro vai continuar a mesma baderna, vai continuar tendo o mesmo prejuízo”, defende.
O sindicalista lembra que a mudança tarifária ocorrida em 2015, passando de R$ 2,00 para R$ 2,20 e depois para R$ 2,10, não foi um aumento. “Esses 10 centavos que botaram foi uma compensação daquele ano”, fala.
Rodoviários, representantes das empresas e o prefeito Elinaldo Araújo (DEM) devem se reunir amanhã (5) para negociar outros pontos da pauta. Os trabalhadores reivindicam ainda a extinção do transporte clandestino, fiscalização, a falta de pontos de ônibus e de segurança para os rodoviários, pavimentação de vias públicas e controle da gratuidade. Por conta disso, Santos não descarta a possibilidade de greve.
Ainda em entrevista ao Cidade Satélite, o diretor do Sindrod cobra a licitação do transporte municipal. Atualmente, os ônibus circulam mediante concessão pública. Mário acredita que o processo licitatório “colocaria regras no jogo” e determinaria alguns parâmetros como o reajuste anual da passagem e deveres e obrigações das empresas e do município.