Mestre Bule-Bule lança livro “Orixás em Cordel” no dia 11 de abril (quarta-feira)

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Foto: Reprodução

Dois elementos de extrema importância simbólica para a cultura brasileira – a literatura de cordel e o panteão africano, com tudo o que representam para a Bahia e o Nordeste – se encontram no livro “Bule-Bule – Orixás em Cordel”. De autoria do mestre da cultura popular nordestina, Antônio Ribeiro da Conceição, artisticamente conhecido como Bule-Bule, o livro será apresentado ao público no dia 11 de abril (quarta-feira), em noite de autógrafos, às 18h30, no foyer do Teatro Castro Alves.

Reconhecido como o maior repentista da Bahia, Bule-Bule, que também se destaca como cordelista com mais de 100 títulos publicados, revela que a escolha do tema se deu ao perceber que a literatura de cordel sempre tratou as religiões de matriz africana de maneira cômica. “Muitos grandes mestres conviverem com temas variados, mas ninguém tinha escrito, levando a sério, um trabalho sobre a religiosidade de matriz africana. Alguns tinham criado em tom de brincadeira e gozação. Então, acredito que esse livro é um elemento mágico para abastecer essa lacuna”, avalia o mestre baiano.

Essa não é a primeira vez que Bule-Bule se debruça sobre temas religiosos. É de sua autoria os cordéis “Adeus a Mãe Menininha – a nossa Ialorixá Maria Escolástica da Conceição Nazareth” e “Irmã Dulce da Bahia: Santa Mãe de Todos Nós”.

Uma produção da Bahia – Editado pela Pinaúna Editora, empresa baiana que tem como linha editorial a publicação de livros relacionados à arte e à cultura do estado, o livro tem ilustração de Klévisson Viana. O prefácio é do compositor, cantor e instrumentista Mateus Aleluia, que prepara o leitor para o mergulho cósmico de Bule-Bule no Orum – mundo dos espíritos, no candomblé –, totalmente livre de “dogmas reguladores”.

Com o apoio financeiro do Governo do Estado, por meio do Fundo de Cultura, Fundação Pedro Calmon, secretarias da Fazenda e de Cultura do Estado da Bahia, esse projeto possui duas etapas. A primeira é o lançamento do livro; a segunda etapa prevê rodas de conversa do mestre Bule-Bule com as comunidades de alguns terreiros de candomblé de Salvador, Lauro de Freitas e Cachoeira, a exemplo do Ilê Axé Odé Yeyê Ibomin, em datas a serem confirmadas. Esta segunda etapa recebe o apoio da “1ª Chamada do Edital Calendário das Artes 2017”, da Fundação Cultural do Estado da Bahia (Funceb), vinculada à Secretaria de Cultura do Estado.

Fundo de Cultura do Estado da Bahia (FCBA) – Criado em 2005 para incentivar e estimular as produções artístico-culturais baianas, o Fundo de Cultura é gerido pelas Secretarias da Cultura e da Fazenda. O mecanismo custeia, total ou parcialmente, projetos estritamente culturais de iniciativa de pessoas físicas ou jurídicas de direito público ou privado. Os projetos financiados pelo Fundo de Cultura são, preferencialmente, aqueles que apesar da importância do seu significado, sejam de baixo apelo mercadológico, o que dificulta a obtenção de patrocínio junto à iniciativa privada. O FCBA está estruturado em 4 (quatro) linhas de apoio, modelo de referência para outros estados da federação: Ações Continuadas de Instituições Culturais sem fins lucrativos; Eventos Culturais Calendarizados; Mobilidade Artística e Cultural e Editais Setoriais. Para mais informações, acesse: www.cultura.ba.gov.br

BULE-BULE – ORIXÁS EM CORDEL
Editora Pinaúna – Camaçari / Ba
Projeto Gráfico e Editoração: Lucas Kalil
Produção Editorial: Carolina Dantas
Ilustração: Klevisson Viana
Prefácio: Mateus Aleluia
Preço: R$ 30,00
Lançamento: 11 de abril de 2018, às 18h30
Onde: Foyer do Teatro Castro Alves

Fonte: SECULTBA

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