Grammy 2018: Em uma noite de protestos Bruno Mars e Kendrick Lamar se destacam

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Foto: Reprodução

Na noite da sexagésima edição do Grammy, o maior prêmio da musica dos Estados Unidos, Bruno Mars foi o maior vencedor. Foi com o alegre e dançante álbum “24k Magic” que o cantor ganhou em todas as seis categorias que disputou – desbancando o favorito Jay Z indicado a oito categorias, mas que não ganhou em nenhuma.

Com “24k Magic”, Bruno Mars ganhou nas categorias de disco do ano, melhor álbum R&B e melhor engenharia de som. A canção “That’s What I Like” recebeu a premiação de melhor música R&B, melhor performance e música do ano, deixando para trás o hit “Despacito” de Luis Fonsi e Daddy Yankee com participação de Justin Bieber.

Outro grande vencedor da noite foi Kendrick Lamar que segurou cinco gramofones. Com “Humble” o cantor venceu as categorias de melhor vídeo, melhor canção de rap e melhor perfomance de rap, o melhor álbum de rap foi “Damn” e a melhor performance de rap cantado, foi “Loyalty” que tem participação de Rihanna.

Além dos prêmios, Kendrick se destacou com apresentações que deram tons de protesto à cerimônia. Com a banda U2 e o ator Dave Chappelle, o rapper cantou as musicas “XXX” e “DNA” do álbum “Damn”, que são músicas com tons de contestação, engajamento negro. E também, após ganhar o prêmio de melhor álbum de rap o cantor declarou “Jay para presidente”, em referencia a Jay Z que foi atacado pelo presidente Donald Trump após fazer declarações sobre o desemprego nos Estados Unidos.

Kendrick foi uma parcela do tom político que teve a cerimônia. Antes mesmo de ter início, no tapete vermelho da Madison Square Garden, as estrelas da música mostravam suas rosas brancas ao mundo – um símbolo da campanha lançada no início deste mês Time’s up- traduzida como “o tempo acabou” em referencia a desigualdade, descriminação ou qualquer ato de ódio às mulheres.

A cantora Kesha também deu seu recado conduzindo um ato de sororidade. Ao lado de Cyndi Lauper, Bebe Rexha, Andra Day, Julia Michaels e Camilla Cabello, a interprete emocionou o público com a música “Praying”. O ato simbólico foi em prol do moviemento #MeToo (Eu também) que surgiu no ano passado com o escândalo de assedio sexual do produtor Harvey Weinstein.

Confira a lista de vencedores:
Melhor álbum vocal de pop: “÷ (divide)”, de Ed Sheeran.
Melhor performance de duo ou grupo pop: “Feel It Still”, de Portugal. The Man.
Melhor gravação de dance music: “Tonite”, de LCD Sounsdystem
Melhor álbum de eletrônico/dance music: “3-D The Catalogue”, do Kraftwerk
Melhor álbum de pop vocal tradicional: “Tony Bennett Celebrates 90”, vários artistas.
Melhor performance de rock: “You want It darker”, de Leonard Cohen.
Melhor canção de rock: “Run”, dos Foo Fighters.
Melhor álbum de rock: “A deeper understanding”, do War On Drugs.
Melhor performance de metal: “Sultan’s Curse”, do Mastodon.
Melhor álbum de música alternativa: “Sleep well beast”, do National
Melhor performance de r&b tradicional: “Redbone”, de Childish Gambino
Melhor performance de r&b: “That’s what I like”, de Bruno Mars.
Melhor canção de r&b: “That’s what I like”, de Bruno Mars.
Melhor canção urbana contemporânea: “Starboy” de Weeknd
Melhor álbum de r&b: “24K magic”, de Bruno Mars.
Melhor performance de rap: “HUMBLE.”, de Kendrick Lamar.
Melhor canção de rap: “HUMBLE.”, de Kendrick Lamar.
Melhor álbum de jazz latino: “Jazz Tango”, do Pablo Ziegler Trio.
Melhor álbum de pop latino: “El Dorado”, de Shakira.
Melhor álbum latino de rock, urbano ou alternativo: “Residente”, de Residente.
Melhor performance de música de raiz americana: “Killer driller blues”, do Alabama Shakes.
Melhor álbum de reggae: “Stony hill”, de Damian “Jr. Gong” Marley.
Melhor álbum de world music: “Shaka Zulu revisited: 30th anniversary celebration”, do Ladysmith Black Mambazo.
Melhor álbum de spoken word: “The princess diarist”, de Carrie Fisher.
Melhor engenharia de som, não-clássico: “24K magic”, de Bruno Mars.
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Produtor do ano, não-clássico: Greg Kurstin.
Melhor gravação remixada: “You move (Latroit remix)”, do Depeche Mode.
Melhor vídeo musical: “HUMBLE.”, de Kendrick Lamar.
Com informações de: O Globo

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