FGV aponta recorde de jovens sem emprego e estudo, os chamados “nem-nem”

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Foto: SEI Bahia

A taxa de jovens que não trabalham nem estudam, os chamados “nem-nem”, cresceu na pandemia e bateu recorde de 29,33% no segundo trimestre de 2020, segundo estudo da Fundação Getulio Vargas divulgado ontem (17). Mas a taxa de pessoas com 15 a 29 anos que não estudam nem trabalham desacelerou no quarto trimestre para 25,52%. Mesmo assim, representa um avanço sobre o período de 2019, quando estava em 23,66%.

“A juventude é uma grande fase de ascensão social, o melhor momento durante a vida. Se nesse período há uma recessão como a de Covid-19, por exemplo, os efeitos dessa crise continuam como uma espécie de cicatriz nas pessoas”, explicou o diretor da FGV Social, Marcelo Neri. Os maiores percentuais de “nem-nem” no último trimestre de 2020 estavam entre mulheres (31,29%), pretos (29,09%), moradores do Nordeste (32%) e de periferia das maiores metrópoles brasileiras (27,41%), chefes de família (27,39%) e pessoas sem instrução (66,81%).

O fato de as maiores incidências dos “nem-nem” estarem entre aqueles com menor nível educacional e principais provedores das famílias apresenta “implicações para o futuro desses jovens e famílias inteiras”, destacou o pesquisador.

O levantamento da FGV Social teve como referência os dados divulgados pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, publicada periodicamente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

 

 

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