Espetáculo “Defeito’s de Família” abre temporada nesta terça (09) em Salvador

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Nesta terça-feira (09/07), o espetáculo “Defeito’s de Família” abre temporada no Teatro Martim Gonçalves, em Salvador, com apresentações até o próximo domingo (14). De terça a sexta-feira, a encenação começa às 19h, e sábado e domingo, às 17h30. Os ingressos funcionam no esquema “pague quanto quiser”.

Dirigido por Maurício Pedreira, a comédia musical apresenta uma atualização do clássico de 1870 do autor França Júnior ao deslocar a história da família Novais para Salvador em pleno século XXI, propondo refletir sobre questões da previdência social, desmatamento para construção do BRT, “jeitinho brasileiro”, entre outros temas.

Com banda ao vivo em cena, o espetáculo se desenvolve através de um segredo que envolve um “defeito” de Josefina (Jéssica Marques). Tal problema direciona as ações e comportamentos do enredo. Na história, Matias (Alan Luís) é um capitão de cavalaria que espera a visita de Arthur de Miranda (Vinicius Caires), um jovem baiano de Feira de Santana, filho de um rico fazendeiro, com quem pretende unir sua filha Josefina por meio dos laços da Santa Madre Igreja. Porém, a jovem esconde as visitas de André Barata (Júnior Moreira Bordalo) e este segredo que compartilha apenas com sua mãe, Dona Gertudres (Lailane Dórea). O atrapalhado criado estrangeiro, Ronald (Kaio Douglas), xodó de Senhor Matias, descobre as visitas secretas e, julgando erradamente, resolve dar fim a esta “pouca vergonha” tramando um plano para desmascarar as mulheres da casa. Finalmente, depois de inúmeros e divertidos eventos será descoberto qual é o defeito que tanto constrange o núcleo familiar.

Para o diretor, a motivação de revisitar o texto surgiu da vontade de entender quais eram os seus defeitos e quais “defeitos” que foram impostos pela sociedade em sua família. “A inquietação seguiu ao estudar a obra de França Júnior e perceber a luta do autor ao denunciar em seus trabalhos os benefícios que os estrangeiros, primeiro-mundistas, tinham no Brasil colonial em contraste aos próprios brasileiros que aqui viviam e também as lambanças que a família real portuguesa aprontava nestas terras tropicais. Logo percebi um link direto de 1870 com os tempos atuais. Os anos passaram e a nossa evolução ainda é pequena referente aos costumes que tínhamos. Essa obra vem para friccionar estes conceitos e quem sabe buscarmos a evolução social a partir do teatro com o rompimento dos rígidos alicerces que foram construídos pelo colonialismo conservador”, afirmou.

 

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