Educafro e deputados reagem após presidente da Fundação Palmares chamar movimento negro de “escória maldita”

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foto: reprodução

Foram divulgados na última terça-feira (2), o áudio vazado de uma reunião em que o presidente da Fundação Cultural Palmares, Sérgio Camargo, se referia ao movimento negro como “vagabundos” e “escória maldita”. No material gravado sem o consentimento do titular, Camargo declarou que Zumbi dos Palmares — ícone brasileiro que dá nome a Fundação —  era um “filho da puta que escravizava pretos”, e também fez críticas e insinuações pejorativas ao Candomblé e ao Dia da Consciência Negra. 

Confira no áudio a seguir:

 

Após a repercussão da fala polêmica de Sérgio Camargo, a Fundação de Educação e Cidadania de Afrodescendentes e Carentes (Educafro) realizou uma representação criminal no Ministério Público Federal (MPF) em Brasília, solicitando  a abertura de uma ação penal por racismo e discriminação religiosa contra o presidente da Fundação Cultural Palmares. 

“Entendemos que a comunidade negra tem de reagir a isso. Quem está no poder para defender nosso povo não pode ofender dessa maneira. Cabe ao Ministério Público dar uma resposta. Eles irão avaliar as medidas cabíveis”, afirmou o Frei Davi, líder da Educafro, ao G1.

Um grupo de parlamentares, entre eles  Áurea Carolina (PSOL-MG), Benedita da Silva (PT-RJ), Talíria Petrone (PSOL-RJ), Bira do Pindaré (PSB-MA), Damião Feliciano (PDT-PB), David Miranda (PSOL-RJ) e Orlando Silva (PCdoB-SP), também entraram com um pedido ao MPF, para a instauração de um inquérito que investigue as ações de Camargo. “Não podem as instituições públicas permitir que o presidente da fundação, seguindo o ideário bolsonarista de promoção de ódio e de intolerância, contrarie as normas legais que fundaram e devem orientar a atuação do gestor público”, dispõe o documento.

Até o momento, Sérgio Camargo não se pronunciou.

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