Editorial Satélite: Certezas das eleições 2016 de Camaçari

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Chegou o tão esperado domingo (2 de outubro). Milhares de camaçarienses aguardam ansiosos para saber o resultado das urnas e conhecer quem vai gerir o segundo maior Produto Interno Bruto (PIB) da Bahia. Nesta reta final, a verdade é que a eleição ficou polarizada entre as chapas encabeçadas pelo DEM e pelo PT. Apesar do grande esforço e ousadia da equipe da candidata Jailce Andrade (PCdoB), não só as últimas pesquisas, internas e externas, mas as ruas, já sinalizam que vão direcionar majoritariamente seus votos a Antônio Elinaldo (DEM) e a Luiz Caetano (PT).

O portal Cidade Satélite é uma plataforma de comunicação colaborativa e nasce, oficialmente, neste mês de outubro, com a certeza de que as ideologias extremistas tanto de esquerda, quanto de direita, não são os únicos caminhos na política, por isso, iremos adotar uma via de pensamento mais equilibrada e atenta ao que é de real interesse público.

Voltando à Camaçari, a verdade é que Caetano e Elinaldo saíram e chegaram na frente, pois iniciaram a corrida mais intensamente pelo Executivo desde janeiro de 2015, travando batalhas via imprensa, assessoria e militâncias. A falta de trajetória político-partidária da comunista à primeira vista foi um fator positivo para parte da população que a enxerga como uma mulher séria e comprometida; contudo, diante dos concorrentes populares, esperava-se mais traquejo da única mulher na disputa.

O período eleitoral mais curto em 2016 e com menos instrumentos das tradicionais campanhas de anos anteriores,  como fachada de muros, cavaletes de rua e os famosos big-hands, conduziram a uma disputa de carros de som/paredões, rádio, caminhadas e redes sociais.

E no período que havia incerteza de quem seria o nome do PT em Camaçari, também havia incerteza se Elinaldo e Tude entrariam em consenso. Quando os direitistas se afinaram, Caetano buscou a empreendedora Manuelina para dar fôlego à chapa.

A primeira certeza da opinião pública é de que no início de setembro, o nome de Elinaldo era o mais ouvido em Camaçari, mas uma menor organização da base de vereadores deu espaço para o crescimento de Caetano, cujo grupo foi mais acalentador com a base de candidatos à vereança. Mas em detrimento do petista, o umbigo na feira de Camaçari do demista, e uma estratégia de massificação na região, garantiu ao democrata ampla reverberação principalmente no centro do município.

A ausência de Elinaldo na maioria dos debates foi um elemento bastante criticado pelo público e questionado inclusive dentro do próprio grupo, assim como Caetano também foi criticado pela adoção da equipe de codnomes ofensivos em alusão a Elinaldo, que rendeu inclusive multa junto ao TRE.

ACM Neto e Rui Costa fizeram o dever de casa, e cada um teve duas aparições ao lado dos candidatos apoiados em Camaçari o que elevou a credibilidade dos concorrentes junto às bases políticas, cujas caminhadas organizadas superaram todos os anos da política no município.

A segunda certeza e papo mais ouvido nas esquinas era de que “Elinaldo ganharia na sede, mas Caetano ganharia na orla”. Ok, mas quem seria o eleito?

A terceira certeza é de que atrás do “arroto” de superiodade nesta reta final, tanto da esquerda, quanto da direita, convictos da eleição de seus líderes, existe uma tensão sem precedentes de militantes, bastante diferente de 2012…. Mas a esta mesma militância, vale ressaltar, que apesar dos confrontos virtuais que foram muitos e embates de rua com elevados decibéis, houve poucos episódios em que a integridade física dos integrantes de um dos grupos fosse ferida.

Enfim, chegou o tão esperado domingo, que deve mudar a vida de muitas pessoas cuja realidade profissional é imbricada com a política, e seja qual for a escolha da maioria dos eleitores de Camaçari, o resultado das urnas será o último capítulo desta festa da democracia tão aclamada pelos camaçarienses, cuja sensação na cidade se assemelha a uma final de copa do mundo em que as seleções preferidas disputam o título sem direito a prorrogação.

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