Carlos Decotelli é acusado de plagiar mestrado logo após universidades internacionais negarem sua formação acadêmica

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foto: reprodução

Em menos de uma semana o novo ministro da Educação, Carlos Carlos Alberto Decotelli, se envolveu em diversas polêmicas referentes às suas formações acadêmicas. Os casos iniciaram na última sexta-feira (26), um dia após a sua nomeação. 

Divulgado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o currículo do professor e oficial militar informava um suposto doutorado pela Universidade Nacional de Rosário, na Argentina e um pós-doutorado pela Universidade de Wuppertal, na Alemanha. Ambas as instituições se posicionaram sobre o caso, desmentindo as informações disseminadas por Bolsonaro. 

Após a repercussão, o ministro modificou o currículo – disponível da plataforma Lattes do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) -, e afirmou que não concluiu o mestrado na universidade argentina, pois teve a tese rejeitada.  Agora, gestor do MEC está sendo acusado de plagiar a sua dissertação de mestrado. A suspeita foi levantada pelo professor do Insper, Thomas Conti no último sábado (27), após encontrar irregularidades no trabalho acadêmico de Decotelli. 

Em uma reportagem publicada ontem (26), pelo UOL, revelou que o ministro copiou pelo menos quatro trechos de outras dissertações de mestrado e textos acadêmicos na introdução sem as devidas regras de citações e referências aos autores. 

Em nota, o MEC chama de “ilações” as afirmações de que o ministro cometeu plágio, e levanta a possibilidade de falha técnica ou metodológica. O órgão federal ainda informou que “por respeito ao direito intelectual dos autores e pesquisadores citados, [Carlos Decotelli] revisará seu trabalho e que, caso sejam identificadas omissões, procurará viabilizar junto à FGV uma solução para promover as devidas correções”.

Até o momento não houve um posicionamento do gestor sobre a contestação da universidade da Alemanha. 

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