Em menos de uma semana o novo ministro da Educação, Carlos Carlos Alberto Decotelli, se envolveu em diversas polêmicas referentes às suas formações acadêmicas. Os casos iniciaram na última sexta-feira (26), um dia após a sua nomeação.
Divulgado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o currículo do professor e oficial militar informava um suposto doutorado pela Universidade Nacional de Rosário, na Argentina e um pós-doutorado pela Universidade de Wuppertal, na Alemanha. Ambas as instituições se posicionaram sobre o caso, desmentindo as informações disseminadas por Bolsonaro.
Após a repercussão, o ministro modificou o currículo – disponível da plataforma Lattes do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) -, e afirmou que não concluiu o mestrado na universidade argentina, pois teve a tese rejeitada. Agora, gestor do MEC está sendo acusado de plagiar a sua dissertação de mestrado. A suspeita foi levantada pelo professor do Insper, Thomas Conti no último sábado (27), após encontrar irregularidades no trabalho acadêmico de Decotelli.
Bomba nova e inédita sobre o novo Ministro da Educação, Carlos Decotelli.
Achei muitos indícios de plágio na dissertação de mestrado defendida na FGV em 2008.
Segue o fio e compare as passagens, vejam o que acham:
Registro na CVM x Dissertação 👇 pic.twitter.com/Fk5gbS6cvE
— Thomas Conti (@ThomasVConti) June 27, 2020
Em uma reportagem publicada ontem (26), pelo UOL, revelou que o ministro copiou pelo menos quatro trechos de outras dissertações de mestrado e textos acadêmicos na introdução sem as devidas regras de citações e referências aos autores.
Em nota, o MEC chama de “ilações” as afirmações de que o ministro cometeu plágio, e levanta a possibilidade de falha técnica ou metodológica. O órgão federal ainda informou que “por respeito ao direito intelectual dos autores e pesquisadores citados, [Carlos Decotelli] revisará seu trabalho e que, caso sejam identificadas omissões, procurará viabilizar junto à FGV uma solução para promover as devidas correções”.
Até o momento não houve um posicionamento do gestor sobre a contestação da universidade da Alemanha.