Ato pela educação em Camaçari reúne manifestantes na Praça Desembargador Montenegro. Ouça entrevistas

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Nesta quinta-feira (30/05), estudantes, entidades estudantis e de sindicatos de trabalhadores realizaram protestos em diversas cidades do país e também no exterior, contra o contingenciamento de verbas públicas para universidades e institutos federais de educação. Em Camaçari, o ato reuniu manifestantes na Praça Desembargador Montenegro.

O estudante Carlo, aluno do Centro Territorial de Educação Profissional Da Região Metropolitana (CETEP), destacou a importância do protesto pelo seu papel em defesa pela educação. “Eu, por exemplo, sou um aluno que tô no último ano do Ensino Médio, que ano que vem estarei entrando na universidade, e acho necessário olhar pra meu futuro, olhar pro futuro das pessoas que estão nessa caminhada comigo, olhar pro futuro dos meus colegas do IFBA que já não têm mais com estudar”, enfatizou.

A estudante do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA), Isabela Santana, ressaltou que o ato foi motivado pelo “ataque direto que estamos sofrendo, o risco alto de não podermos concluir o ano que já iniciamos”, afirmou. Para ela, a estrutura do IFBA deve ser ampliada e também usada como referência para as redes municipais e estaduais de ensino. “Que a gente tenha um nível de escola pública digno pra quem sustenta  e constrói esse país todo dia”, defendeu.

Também aluna do IFBA, Jude destacou que a luta pela educação é diária. “Eu faço isso não porque envolve só o meu futuro, mas o futuro de vários outros alunos lá do Instituto Federal e de outras universidade também. Temos que lutar pelo que é nosso! […] As universidade também não vão fechar e se calar!”.

Em Salvador, centenas de pessoas participam do protesto, com uma caminhada pelas ruas da região central. Os manifestantes saíram do Largo Campo Grande seguindo pela Avenida Sete de Setembro com destino à Praça Castro Alves.

É a segunda vez este mês em que os manifestantes vão às ruas em defesa de manutenção de recursos. O primeiro ato aconteceu no dia 15, quando ocorreu a Greve Nacional Pela Educação.

Segundo o Ministério da Educação (MEC), o bloqueio de recursos se deve a restrições orçamentárias impostas a toda a administração pública federal. O bloqueio de 30% dos recursos, inicialmente anunciado pelo MEC, diz respeito às despesas discricionárias das universidades federais, ou seja, aquelas não obrigatórias.

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