Ateliêvoador estreia em Salvador teatro-filme “Escorpião”

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Teatro Estendido. Este é o conceito que ATeliêvoadOR está criando para a nova montagem “Escorpião”, que estreia nesta quinta-feira (30/05), às 20h, no Teatro Vila Velha, em Salvador, e fica em cartaz até o dia 09 de junho. Ultrapassando o audiovisual como elemento de composição cênica, ao final de cada sessão o público é convidado a seguir conhecendo outros elementos da história, fazendo com que o espetáculo se estenda para outros espaços. Os ingressos custam R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia).

O público receberá um QR Code, um código de acesso rápido que conduzirá o espectador ao site que contém as imagens projetadas na montagem e o filme pós-peça. “Escorpião” é uma experiência visual com formato cinematográfico dentro da linguagem do teatro, estendemos o termo ‘aqui e agora’, para algo parecido com, ‘aqui/agora/antes/depois’. Os corpos são atravessados pelo passado das personagens em tempo real”, explica Marcus Lobo, diretor da obra.

O enredo é uma farsa de sujeitos que estabelecem entre si um jogo de ocultação/revelação do desejo, de uma intimidade negociada de maneira tão verossímil quanto fantástica. Envolve tensões/tesões de Boris (Duda Woyda) e Edu (Gleison Richelle), personagens centrais da história, numa espécie de ficção etnográfica outsider, cruel e perversa, marcada por masculinidades precárias, retomando muitos temas caros à política na cena teatral contemporânea.

Boris é um ex-presidiário que manteve relações sexuais e financeiras com homens e travestis e namorou Vera, irmã de Edu, que socorre o cunhado após a morte de uma jovem, que fora jogada pela janela de um prédio. Edu esconde o cunhado em um apartamento. O encadeamento das ações irá revelar quem é Boris. No curta-metragem, a atriz Mariana Moreno dá vida a Vera, ex-namorada de Boris e irmã de Edu.

A encenação de “Escorpião” é claustrofóbica e expõe as personagens num espaço paradoxal carregado de surpresas, mistérios, revelações e peripécias. A encenação vai revelando recortes malditos de sujeitos marginalizados e abjetos, personagens que transitam incógnitos pelo submundo a vivenciar desejos e enfrentar dramas pessoais.

“Escorpião”, de Felipe Greco, é a mais recente montagem da ATeliêvoadOR, Companhia de Teatro de Salvador, e finaliza o projeto “Aqueles Que Habitam o Tempo”.

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