Em entrevista coletiva nesta quinta-feira (13) o ex-presidente Lula se pronunciou sobre a condenação expedida pelo juiz Sérgio Moro, na qual foi condenado a nove anos e seis meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
O petista negou ter cometido qualquer um dos crimes e afirma que previa o ocorrido desde outubro do ano passado. “Era visível que o que menos importava para as pessoas que faziam as perguntas era o que você falava. Eles já estavam com o processo pronto”, afirmou. “Eu me sinto aliviado porque conheço o tamanho da mentira”, garantiu.
No seu primeiro pronunciamento após a decisão judicial, Lula disse ainda acreditar na justiça e num Ministério Público, Polícia Federal e judiciário fortes para evitar abuso de poder e processar “quem não disser a verdade nesse país”. Completando a fala, criticou a sua sentença: “a única prova é a prova da minha inocência(…) Eu ficaria mais feliz se fosse condenado com base numa prova, me desmascarassem”.
A defesa do político irá recorrer da decisão e afirma que a sentença “é absolutamente ilegítima”, porque despreza as provas e a lei. A militância do Partido dos Trabalhadores organiza atos em todas as capitais brasileiras para o próximo dia 20 de julho.
Ainda durante o discurso, Lula confirmou que irá se colocar como candidato à presidente nas eleições de 2018. “Se alguém pensa que com essa sentença me tiraram do jogo, pode saber que eu estou no jogo (…) Estou disposto a brigar do mesmo jeito de quando tinha 30 anos”, pontuou. “Quem acha que é o fim do Lula vai quebrar a cara. Porque na política, só quem tem o direito de decretar o meu fim é o povo brasileiro”, finalizou.
